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Relacionamentos "maduros".

Com a idade, com as experiências, vamos ficando mais maduros, mais seguros, mais tranquilos . . . certo? Para algumas coisas pode ser, mas pelas minhas últimas experiências nos relacionamentos, pelo menos, tenho visto que não. Trazemos nossas bagagens e muitas vezes não conseguimos nos desvencilhar daquilo que planejamos ser, ou pior, ter.  Mas até que ponto o planejamento é benéfico? Até que ponto realmente é importante ter a vida milimetricamente planejada? Em que momento isso começa a atrapalhar as nossas vidas? Afinal, não sabemos se estaremos aqui amanhã. Pode ser muito difícil aceitar viver um dia de cada vez, buscando a harmonia, procurando as vantagens, as coisas boas. Claro que nem tudo são flores, temos nossos problemas, nossas manias da idade, as coisas que vão "grudando" em nós com o tempo. A intransigência, a falta de diálogo, não saber dividir . . . são coisas que têm feito com que as pessoas não consigam mais se relacionar. A segurança, a tranquil

A vida como ela é.

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Deve ser difícil para boa parte das pessoas aceitar a vida como ela é. Dia desses estava pensando nisso. Como as nossas escolhas, as oportunidades que deixamos passar, ou aquelas que agarramos pra valer, as pessoas que passam por nossa vida podem mudar totalmente o nosso rumo. Por exemplo, uma das coisas das quais eu sempre tive muito medo foi de não conseguir ser um bom pai. Agora imaginem se eu fosse realmente deixar que isso afetasse a minha vida da maneira como poderia. Minha filha mais velha mora comigo praticamente desde que me separei, há uns 6 anos. Ela tinha de 11 pra 12 anos. Hoje está uma moça. Ano que vem completa 18. Nunca tive apoio da mãe dela em nada. Também nunca me queixei disso, pelo menos não para minha filha. Durante um tempo convivi com essa angústia, esse desejo de gritar, de sacudi-la e dizer: ei, você é a mãe, precisa participar disso. Tentei ser pai e mãe ao mesmo tempo. Com o tempo descobri que isso era bobagem. Sou pai e procuro fazer o meu papel da melhor

Ser pai . . .

Ser pai é ser companheiro É ser confidente, É ser mensageiro, Companheiro nas horas difíceis Em que o mundo parece que vai derrubar. Pelos tropeços que a vida faz com o seu filho Muitas vezes parece que ele não vai levantar. Confidente, quando há necessidade De uma palavra firme. Um filho pode necessitar. Pai, Mensageiro dos sentimentos, Da firmeza de um olhar, Da palavra amiga Que a qualquer hora um filho pode precisar. Pai, A qualquer instante, A qualquer momento, Pai por toda a vida. Na inversão dos papéis Hoje podemos ter um pai E mais tarde podemos ser pai do nosso próprio pai, Quando a velhice chegar. Ah, só Deus para nos dar a maior lição Do que é ser um verdadeiro pai!

Soneto de Fidelidade

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De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. Vinícius de Moraes

Desisto, desisto...

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Resolvi passar rapidamente para compatilhar uma situação que aconteceu comigo recentemente. Saindo para comemorar aniversários de amigos de amigos, lá estava eu em meio a pessoas conhecidas, outras desconhecidas, amigos, colegas, enfim. As pessoas foram chegando e se cumprimentando, quando conhecidas, se apresentando, quando desconhecidas. Chegaram duas moças, amigas de uma das aniversariantes. Percebi que uma delas ficou me olhando desde a hora que chegou. Segue a balada, música, bate papo, bebidas, descontração. E a moça não parava de me olhar. Sinceramente não me senti atraído por ela. Mas percebi uma coisa muito peculiar desse universo das baladas, o qual eu não frequento assiduamente. A moça fez de tudo para se aproximar, puxar assunto e eu lá sem dar a menor moral, como dizem. Conversei, dancei, ri muito como de costume. Lá pelas tantas, já naquele momento em que os casais já se formaram, a pegação no auge, a moça dá a última investida. Me deu aquela secada. Eu, mais uma vez,

A vida é um jogo de interesses?

Já há algum tempo que penso como a vida pode ser um jogo de interesses. Não falo isso de um jeito pejorativo, não. Na verdade se formos pensar bem fazemos muita coisa por interesse. Nem sempre esse interesse é em detrimento de algo ou alguém, para levar vantagem. O interesse pode ser puramente circunstancial, por uma oportunidade que se apresente. No lado profissional, vemos isso de uma forma mais bruta, às vezes mascarada, envolvendo situações e pessoas, colegas, chefes, subordinados. No lado sentimental, pode existir uma série de variações e sutilezas. Quando estamos sozinhos ou em apuros, muitas vezes carentes, é bastante comum nos aproximarmos daquelas pessoas com as quais sempre podemos contar. Porém, basta que apareça alguém ou algo que nos dê um certo suporte e a relação muda completamente. Aquela pessoa com a qual sempre podemos contar já não é mais o centro das atenções. Ela continua sendo importante, mas não é mais acionada como antes. Assim como acontece quando algumas pes

O caracol que não sabia amar

Naquela rua de bonitos jardins vivia um charmoso caracol. Bicho dessa espécie passa a vida carregando a casa e a do nosso amigo era pintada de cores bonitas e brilhantes. Estava sempre arrumada, pois que acalentava o sonho de encontrar o amor verdadeiro e o que mais queria é que quando isso acontecesse, estivesse pronto para receber com afeto e atenção o novo amor. Até já tinha tido algumas namoradas, mas não conseguira ser feliz com nenhuma delas. Passava algum tempo e logo elas o deixavam. Isso se dava por dois motivos. Porque ficava cuidando o tempo todo da sua própria casa, limpando-a e a lustrando, totalmente centrado nele mesmo e em suas necessidades. Ou então porque passava a considerar a namorada Caracol que estava com ele como posse. Então se postava tão em cima dela que ninguém era capaz de agüentar e por uma, ou por outra coisa terminavam sempre indo embora. Passavam dias e semanas, fazia sol ou era tempo de chuva, sentia-se frio ou suava-se com tanto calor e os namoros